PRESSÃO ARTERIAL- ESFIGNONAMÔMETRO - ESTETOSCÓPIO


PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA



PRESSÃO ARTERIAL
-
ESFIGNONAMÔMETRO
E
ESTETOSCÓPIO




CARLA ELIZABETH MACAROFF BORTOLETO
GABRIEL MOLETTA JULIATO
JHENIFER PEREIRA DIAS
JULIO CESAR ASSUMPÇÃO JUNIOR
LARISSA DO ESPÍRITO SANTO
PAULO HENRIQUE SORIANI
VIVIANE APARECIDA OLIVEIRA


CURITIBA
2013

INTRODUÇÃO

A pressão arterial (PA) é uma das variáveis hemodinâmicas de medida mais comum, pois, além de ser aferida de modo relativamente fácil, pode fornecer informações importantes sobre a homeostase cardiovascular. É necessário, entretanto, compreender em que consiste a pressão arterial e de que fatores ela depende, para se entenderem adequadamente os mecanismos neurais e humorais envolvidos na sua regulação. (CURI, Rui)
            Ainda segundo Rui Curi a pressão arterial, como o próprio nome indica, é a pressão existente dentro das grandes artérias. O valor da PA é muito diferente em diversos locais da circulação. Quando se deseja obter o valor da PA de uma pessoa, faz-se, em geral, essa medida no braço, pois a artéria braquial fica aproximadamente, na altura da raiz da aorta. Portanto, ao aferirmos a pressão na artéria braquial estamos, na verdade, aferindo a pressão é relativamente constante, a PA medida na artéria braquial passou a ser considerada a medida padrão da pressão nas grandes artérias.
            Durante o ciclo cardíaco, a pressão no interior das câmaras cardíacas aumenta e diminui. Quando os átrios estão relaxados, o sangue da circulação venosa flui para o seu interior. Quando essas câmaras enchem, a pressão no seu interior aumenta de modo gradual. Aproximadamente 70% do sangue que entra nos átrios durante a diástole flui diretamente para o interior dos ventrículos através de válvulas atrioventriculares antes que os átrios se contraiam. Durante essa contração, a pressão atrial aumenta e força a maior parte dos 30% de sangue, remanescentes, para o interior dos ventrículos.
            A pressão nos ventrículos é baixa enquanto eles estão enchendo, mas quando os átrios se contraem, a pressão ventricular aumenta discretamente. Então à medida que os que os ventrículos se contraem, a pressão sobe agudamente, o que causa o fechamento das válvulas atrioventriculares e impede o refluxo para o interior dos átrios. Assim que a pressão ventricular ultrapassa a pressão da artéria pulmonar e da aorta, as válvulas pulmonar e aórtica se abrem e o sangue é forçado para o interior das circulações pulmonar e sistêmica. (POWERS, Scott)
            Vários sistemas interligados de feedback negativo controlam a pressão e o fluxo sanguíneos, por meio de ajustes da frequência cardíaca, do volume sistólico, da resistência vascular e do volume sanguíneo. Alguns sistemas permitem ajustes rápidos para enfrentar mudanças súbitas, como a queda da pressão sanguínea no encéfalo, quando você se levanta; outros fornecem regulação á longo prazo. O corpo também pode necessitar de ajustes para a distribuição do fluxo sanguíneo. Durante o exercício, por exemplo, é desviada uma porcentagem maior do fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos. (TORTORA, Gerard)
            A pressão arterial usualmente não é mensurada de forma direta, mas é estimada utilizando-se um instrumento denominado esfignonamômetro. Esse dispositivo consiste em manguito inflável conectado a uma coluna de mercúrio. O manguito pode ser insuflado por uma bomba de bulbo, com a pressão no manguito mensurada pela elevação da coluna de mercúrio.
A pressão arterial é mensura da seguinte maneira: o manguito de borracha é colocado em torno do braço de modo que ele circunde a artéria braquial. O ar é bombeado no manguito de maneira que a pressão em torno do braço ultrapasse a pressão arterial. Como a pressão aplicada em torno do braço é maior que a pressão arterial, a artéria braquial é comprimida e o fluxo sanguíneo, interrompido. Se um estetoscópio for colocado sobre a artéria braquial (logo abaixo do manguito), nenhum som é ouvido, porque não há fluxo sanguíneo. No entanto, quando a válvula de controle do ar é aberta lentamente para liberar ar, a pressão do manguito começa a diminuir, e logo a pressão em torno do braço atinge um ponto igual ou ligeiramente abaixo da pressão arterial. Nesse ponto, o sangue começa a circular pela artéria e um som agudo pode ser auscultado pelo estetoscópio. A pressão na qual o primeiro som é ouvido representa a pressão sistólica.
            À medida que a pressão do manguito continua a diminuir, uma série de sons cada vez mais altos pode ser ouvida. Quando a pressão do manguito é igual ou levemente inferior à pressão diastólica, o som auscultado pelo estetoscópio de repouso representa a altura da coluna de mercúrio quando o som desaparece. (POWERS, Scott)

PRESSÃO ARTERIAL – ESFIGNONAMÔMETRO E ESTETOSCÓPIO

OBJETIVOS:
·         Aprender a utilizar o Esfignonamômetro e Estetoscópio;
·         Identificar a pressão sistólica e diastólica;
·         Aferir a Pressão Arterial de todos os participantes do grupo;
·         Perceber a diferença da P. A. de uma situação de repouso para uma situação de estresse. 

PROCEDIMENTOS
A.   MATERIAL:
- Esfignonamômetro
- Estetoscópio
B.   MÉTODOS:
A professora apresentou os materiais (esfignonamômetro e estetoscópio), submetendo um aluno como voluntário para demonstrar a forma de utilização dos mesmos. Inicialmente colocou apoiado no pescoço, o estetoscópio, com os fones de trás para frente. Em seguida, posicionou o aluno sentado em uma banqueta, sem blusa grossa ou que prendesse a circulação no ombro, já com o esfignonamômetro em mãos, ela “prendeu” o manguito do mesmo, com a coluna de mercúrio acima do cotovelo do aluno, voltado para a artéria braquial; posicionando-se na parte de fora do voluntário, pressionando com o dedo indicador e médio, localizou a artéria braquial e colocou em cima da mesma o estetoscópio para poder auscultar a P. A. Então fecha-se a válvula do esfignonamômetro, presente na ponta da bomba do material, bombeando-a até a agulha apontar 160. Aos poucos vai se abrindo essa válvula, até ouvir um primeiro batimento alto, que é a Pressão Sistólica, esse som vai abaixando até parar de se auscultar, sendo então a Pressão Diastólica, quando ouve-se esses batimentos, verifica-se o valor que está marcando na agulha da coluna de mercúrio e respectivamente essa será a Pressão aferida. (Ex.: 12/8, 10/6, 13/10, etc.)
Após essa demonstração / explicação, todos os alunos presentes em cada grupo, foram submetidos a aferir a pressão de algum colega e ser aferido também. Com outro objetivo em vista, um aluno de cada grupo foi convidado a subir e descer um lance de escadas por 2 minutos, aumentando gradativamente a intensidade. Em seguida, foi aferida a P. A. desse aluno, após um minuto foi aferida novamente, e assim sucessivamente até que a P. A. voltasse ao normal.

RESULTADOS
1ª Tabela: Resultados da P. A. de todos os alunos participantes do grupo.
Nome
Pressão Arterial
Carla Bortoleto
11/6
Gabriel Juliato
11/6
Jhenifer Dias
10/6
Julio César
11/6
Larissa Santo
10/6
Paulo Henrique
12/8
Viviane Oliveira
11/6

2ª Tabela: Resultados do aluno voluntário (Paulo Henrique), submetido à uma situação de estresse para se avaliar as mudanças ocorridas na P. A.
Tempo
Pressão Arterial

Repouso

12/8


1 minuto após a atividade física

14/8


2 minutos após a atividade física


14/8

3 minutos após a atividade física

14/6


4 minutos após a atividade física

12/8



CONCLUSÃO
1.    Por que a Pressão Sistólica após o exercício subiu tanto?
O exercício físico realizado regularmente provoca importantes adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, com o objetivo de manter a homeostasia celular diant do incremento das demandas metabólicas. Há aumento no débito cardíaco, redistribuição no fluxo sanguíneo e elevação da perfusão circulatória para os músculos em atividade. A pressão arterial sistólica (PAS) aumenta diretamente na proporção do aumento do débito cardíaco.
2.    Por que a Pressão Diastólica não se alterou com o exercício?
A vasodilatação do músculo esquelético diminui a resistência periférica ao fluxo sanguíneo e a vasoconstrição concomitante que ocorre em tecidos não exercitados induzidos simpaticamente compensa a vasodilatação. Consequentemente o fluxo sanguíneo cai quando o exercício começa.
3.    Por que a Pressão Arterial fica abaixo da inicial após a recuperação?
Porque a possível queda da pressão arterial se deve a diminuição na resistência vascular periférica, podendo ainda estar relacionada à vasodilatação provocada pelo exercício físico nas musculaturas ativa e inativa, resultante do acúmulo de metabólitos musculares provocado pelo exercício (potássio, lacto e adenosina) ou à dissipação do calor produzida pelo exercício físico.



BIBLIOGRAFIA
CURI, Rui; ARAÚJO FILHO, Joaquim Procópio de. Fisiologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. xxi, 857 p.
POWERS, Scott K.; HOWLEY, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. São Paulo: Manole, 2009. xxii, 646 p.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2012. xxvii, 684 p.

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